Sunday, March 23, 2008

Promessa quebrada

Quando nos despedimos disseste-me ao ouvido que sempre que eu precisasse estarias ao meu lado sem ter que te chamar, que sentirias na pele cada lágrima que eu vertesse e que sorririas sempre em sintonia comigo. Hoje, precisei de ti como nunca, fui àquele lugar onde combinámos nos encontrar sempre que o coração chamasse e tu não estavas lá, gritei por ti até que a voz me doesse e nem assim tu apareceste. Sentei-me. Esperei, não fosse o caso de tu estares numa fila de trânsito ou de estares atrasado por outro motivo qualquer. Aproveitei e revivi mais uma vez tudo aquilo que vivemos porque nunca é demais reviver as coisas boas do passado, todos aqueles momentos e sorrisos partilhados. Vi as horas a passar e eu nem queria pensar na hipótese que tu poderias não estar atrasado mas simplesmente não quereres vir, já teres alguém mais importante e que já não te apetecesse mais cumprir o nosso pacto. Anoiteceu e eu sem querer acreditar que realmente não tinhas vindo, levantei-me, limpei a lágrima que me escorria no rosto e quis sair dali mais rápido do que tinha chegado, quis pensar que nunca tinha tido esta recaída e que nunca tinha ido à tua procura, que era forte e que superaria sozinha tudo aquilo que haveria para superar. Sei que poderia convencer e passar esta imagem a toda a gente mas se tu me visses nunca te enganaria, porque tu conheces-me tão bem ou melhor que a ti próprio, descodificas o meu olhar sem precisares de ouvir o tom da minha voz mas desta vez eu precisei e tu não estiveste lá. Terás os teus motivos e eu nunca te vou julgar por isso, porque tanto um como outro tem mais que seguir a sua vida.. mas eu precisei de ti, de ouvir a tua voz, de sentir o teu toque e de saciar a minha sede e tu não estiveste lá como me tinhas prometido.



Diana Fernandes Carneiro

Wednesday, March 12, 2008

(Novo)Caminho


Não foi preciso fechares-me a porta na cara, não foram precisas palavras frias, não foi preciso arrancares-me o coração e deitares fora toda esta ilusão. Deixaste-me aqui sozinha, esquecida, perdida, agarrada as intensas recordações. Chorei, chorei dia e noite, até julguei que não voltaria a sorrir mais. Quis vingar-me de ti, saber que sofrerias por mim, causar-te insónias, cobrar-te todos os dias que andei em vão.. mas não seria isso que me faria voltar a sorrir. Deixei-te ir à tua vontade.. procurei o meu rumo e passado noites em claro e dias vazios, vazios como nunca, parece que vejo uma luz que se prepara a iluminar a minha nova vida.


Estou bem, estou a (re)nascer de novo e agora.. sei que vou brilhar!


Diana Fernandes Carneiro