Wednesday, May 30, 2007

Amor? Não, VÍCIO!


Horas à espera, minutos intensos, trocas de afectos inacabáveis, o remoinho de emoções, sentimentos à flor da pele, momentos desejáveis, o toque, os beijos, os abraços que me envolviam e me sufocavam de prazer.
Agora? As recordações, o desejo do passado, quero voltar atrás, preciso de me sentir bem.
Julguei que o vício era físico mas é a alma que ressaca.
Mas não, não é amor, é vício, somente vício e esse vício não vai passar.


Diana Fernandes Carneiro

Monday, May 28, 2007

Adeus



Já gastámos as palavras pela rua, meu amor,
e o que nos ficou não chega
para afastarmos o frio de quatro paredes.
Gastámos tudo menos o silêncio.
Gastámos os olhos com o sal das lágrimas,
gastámos as mãos à força de as apertarmos,
gastámos o relógio e as pedras das esquinas
em esperas inúteis.
Meto as mãos na algibeira e não encontro nada.
Antigamento tínhamos tanto para dar um ao outro;
era como se todas as coisas fossem minhas:
quanto mais te dava mais tinha para te dar
Às vezes tu dizias: os teus olhos são peixes verdes-
E eu acreditava.
Acreditava,
porque ao teu lado
todas as coisas eram possíveis.

Mas isso era no tempo dos segredos,
era no tempo em que o teu corpo era um aquário,
era no tempo em que os meus olhos
eram realmente peixes verdes.
Hoje são apenas os meus olhos.
É pouco, mas é verdade,
uns olhos como todos os outros.

Já gastámos as palavras.
Quando agora digo: meu amor,
já se não passa absolutamente nada.
E no entanto, antes das palavras gastas,
tenho a certeza
de que todas as coisas estremeciam
só de murmurar o teu nome
no silêncio do meu coração.

Não temos já nada para dar.
Dentro de ti
não há nada que me peça água.
O passado é inútil como um trapo.
E já te disse: as palavras estão gastas.
Adeus.

Eugénio de Andrade in Os Amantes sem Dinheiro

Thursday, May 24, 2007

Sentido


sinto-me ausente, não presente. estou longe, o meu pensamento voa, ganhas asas e vai.

sonho, ilusão, brisas aias da imaginação.

quero o meu mundo, vou em busca dele, corro, corro e já cansada, desisto.

meu Deus foi tudo tão brusco!


Diana Fernandes Carneiro

Wednesday, May 23, 2007

Consciência


Por que é que um sono agita

Em vez de repousar

O que em mim a alma habita

E a faz não descansar?


Fernando Pessoa

Wednesday, May 16, 2007

Até os homens choram


Choro por raiva, choro por perder alguém, choro por desilusão.
O choro é um amigo que está connosco em todos os momentos e ninguém diga que chorar é um acto de fraqueza, porque até os homens choram.. não digam que não, porque eu própria já vi com os meus olhos. Chorar é o essencial desabafo do ser humano.


Diana Fernandes Carneiro

Sunday, May 13, 2007

Desculpem o bater do meu coração mas é inevitável.
Diana Fernandes Carneiro

AMIZADE não são palavras, são actos!




Amigos? Amigos, não.


Amigos é uma palavras com muito sentido para os descrever. Talvéz conhecido, alguns até mesmo oportunistas. As vezes chegam mesmo a ser inimigos, invejosos camuflados.


Amigos tenho poucos mas esse já provaram ser verdadeiros.


Não preciso que digam que gostam de mim, preciso que o demonstrem, não preciso que me critiquem, preciso que me aceitem tal e qual como eu sou, porque gostar é aceitar as virtudes e os defeitos e a maior prova é essa.




Amigos? Tenho poucos mas bons.


Diana Fernandes Carneiro

Tuesday, May 8, 2007

Main Actress


Na vida quero ser única, quero ser vencedora.

Partir em busca da felicidade e encontrá-la, encher de alegria os verdadeiros que me rodeiam.

Quero ser mulher, quero ser A principal para alguém.
Na vida jamais quero ser ou agir como uma actriz secundária.

Vou aceitar derrotas como uma forma de aprendizagem.

Vitórias? Sejam sempre bem-vindas.

Mas no fundo, sou uma má perdedora, sou actriz principal!


Diana Fernandes Carneiro

Thursday, May 3, 2007

Até já!


Quantas e quantas vezes já não nos afastamos?

Quantas e quantas vezes já não entramos em discórdia?

Talvéz desta vez tenhamos reparado que já não há volta, ambas falhamos, sei que não sou perfeita nem tão pouco ponho as culpas somente em ti, quem sabe não fui a amiga que procuravas, quem sabe não consegui ser o abrigo que tanto pretendias, que sabe não fui suficientemente grande para ocupar o espaço vazio do teu coração (...) por isso aconteceu o que aconteceu. Gostei de ti como fosses família e gostava que te lembrasses de mim quando te sentires sozinha.

Tal como dizes 'It's never a right time to say goodbye' já pensaste que pode não haver esse momento? Um até já, torna a situação bem mais leve não te parece? Porque não um até já?
ATE JÁ!


Diana Fernandes Carneiro

Reflexão


Sentada, penso em tudo o que já vivi, nos encontros e desencontros ao longo da minha curta experiência de vida, nos erros que cometi, naquilo que acertei e nas vezes que já magoei alguém, pois tenho noção que já magoei. Imagino a dor que essas pessoas sentiram mas nem um terço consigo sentir, imagino as lágrimas que derramaram e não dá mesmo, não consigo sorrir.

É complicado quando alguém nos desilude mas mais complicado ainda, é tentar recuperar uma amizade mas se essa amizade for verdadeira nada está perdido, nada a destruirá.


Diana Fernandes Carneiro

Wednesday, May 2, 2007

Recordações

Quero daqueles abraços que me davas, porque apesar de tudo ficaram os momentos e um amigo.